sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cavalo Crioulo


                             Cavalo Crioulo
O cavalo crioulo é uma raça de cavalos.

O cavalo crioulo se originou dos animais de sangue andaluz e berbere introduzidos no país pelo aventureiro espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca nos primeiros anos após o descobrimento. Aqueles que foram se perdendo da comitiva de Cabeza de Vaca durante as suas campanhas na região passaram a se criar livremente nas planícies da Argentina, do Uruguai e do Brasil, vivendo em estado selvagem por cerca de quatro séculos. Nesse período, as duras condições do clima acabaram criando, através da seleção natural, uma raça extremamente resistente tanto a temperaturas muito baixas ou muito altas, quanto à seca e à falta de alimento.

Assim como os mustangues norte-americanos, os animais que deram origem à raça crioula eram caçados e domados tanto pelos índios cavaleiros, os charruas, quanto pelos estancieiros.
Atualmente, a raça crioula está espalhada por todo o Brasil, mas especialmente na região froteiriça do Rio Grande do Sul, onde está o principal símbolo da raça, os descendentes de La Invernada Hornero, de Uruguaiana.

O Cavalo Crioulo no Brasil

O berço do cavalo Crioulo é o sul do Brasil, fronteira com
o Uruguai e, são criados na região do Rio Grande do Sul.
É uma variedade da raça crioula da América latina. Como os outros cavalos deste continente, ele é produto da mistura de raças de origem africana (cavalo árabe primitivo) e européia.
Para o cavalo crioulo do Brasil, as duas origens étnicas são equilibradas. Herdou do cavalo árabe sua altura que raras vezes ultrapassa 1,50 m, sua cabeça é de corte triangular, seu perfil ligeiramente convexo e reto, suas orelhas curtas e bem separadas, sua garupa pouco inclinada e seu caráter ativo. Do seu antepassado europeu, herdou sua crina abundante, seu aspecto pequeno, porém forte e sua tranqüilidade.
Sua descendência árabe é bem marcante.
Historia
Em 1493, os cavalos espanhóis pisam pela primeira vez em terra americana, na ilha Hispaniola, e são os antepassados diretos, de todos os cavalos “crioulos” americanos. Uma vez aclimatados ao novo ambiente e incrementada sua criação com as importações realizadas posteriormente, reproduziu-se com rapidez, em poucos anos, estendeu-se para as outras Antilhas e passou ao Continente. Ao que tudo indica, Panamá e Colômbia foram as primeiras regiões em importância na produção de rebanhos. Do Panamá passaram ao Peru, levados por Pizarro, onde começaram a multiplicar-se a partir de 1532. É também ali que chegam, em 1538, cavalos provenientes da criação de Santiago de Uruba (Colômbia). Charcas transforma-se, assim, em um importante centro produtor de eqüinos.
Contemporaneamente, Pedro de Mendoza (1535) e Alvar Núñez Cabeza de Vaca (1541) introduzem cavalos, diretamente da Espanha, no Rio da Prata e no Paraguai. Alonso Luis de Lugo se compromete a levar duzentos cavalos da Espanha para a conquista de Nova Granada e Hernando de Soto sai de San Lúcar de Barrameda (1538) com cem cavalos para sua expedição na Flórida. A partir deste momento, começa um verdadeiro intercâmbio de rebanhos eqüinos entre distintas regiões. Procedem de Charcas as manadas que Valdivia levou ao Chile, em 1541, as que Diego de Rojas levou para Tucumam, em 1548, e as que Luis de Cabrera levou para Córdoba, em 1573, e logo a seguir para Santa Fé. Nesta zona, mais ou menos na mesma época, chegam cavalos paraguaios, trazidos por Garay, descendentes daqueles que, 30 anos antes, Cabeza de Vaca introduziu diretamente da Espanha e dos que, em 1569, Felipe de Cáceres levou do Peru. Do Paraguai, procederam também os rebanhos eqüinos que chegaram à Buenos Aires, em 1580, levados por Juan de Garay e Adelantado Juan Torres de Vera e Aragón para Corrientes, em 1588. Do Chile, chegam à Argentina em 1561, através de Cuyo, rebanhos trazidos por Francisco de Aguirre, Castillo e outros.
Em 1605, entram no Chile os animais que o governador chileno Garcia Ramos levou do Rio da Prata e, em 1601, os que o Capitão López Vasques Pestaña levou de Tucumam. Verifica-se (Goulart, 1964) que a criação de cavalos se inicia nas reduções do Rio Grande do Sul em 1634, com os animais trazidos pelos padres jesuítas Cristóbal de Mendonza e Pedro Romero, de Corrientes, para onde os cavalos haviam sido levados, a partir de Assunção, por Alonso de Vera e Aragón, em 1588.
Paralelo a este movimento de rebanhos mansos, seja por abandono ou fuga dos domesticados, ou porque, com o correr dos anos, o número destes foi aumentando de tal forma que superou as possibilidades ou as necessidades dos primeiros habitantes de mantê- los sob controle no Norte e no Sul do continente americano, este primitivo rebanho crioulo se dispersou, formando enormes rebanhos selvagens que, no México e Estados Unidos, foram chamados de “mesteños” e “mustangs” e de “cimarrones”, nas ilhas e América Central. No Rio da Prata os designaram como “baguales”, o “kaitá” dos índios pampas que acompanharam o Dr. Zeballos (1834) em sua viagem ao Chile, ou “saguá”, dos índios do Noroeste argentino. Dos dispersados, os “cimarrones”, que habitaram os “lençóis dominicanos” ou “planos da Venezuela”, diz-se que eram caçados no primeiro quarto do século XVIII. Roberto Cunninghame Graham (1946) diz em seu livro que, por esses anos, nos planos da Venezuela, era o único lugar da América onde
podiam encontrar-se cavalos “cimarrones”.
O “mustang” americano ou o “mesteño” mexicano tem origem parecida. Cabrera (1937 e 1945) e Denhardt (1947) explicam que não podiam ser cavalos abandonados ou perdidos pelas expedições de Cabeza de Vaca (1528, 1537), de Soto (1539, 1543) ou pela de Coronado (1540, 1542), porque a primeira não levava cavalos e as duas últimas praticamente perderam todas suas montarias, mortas por fadiga da viagem ou pelos índios. Acredita-se que foi Juan de Oñate, por volta de 1595, quem levou ao Sudoeste dos Estados Unidos os antepassados do “mustang”.
Parte daqueles cavalos domesticados se dispersaram posteriormente das missões, fazendas ou “ranchos” atacados pelos índios e constituíram o que a literatura americana chamou de “cavalos selvagens”, que eram cavalos mansos que viraram selvagens, “cimarrones” ou “baguales”, segundo as denominações que lhes deram nos “lençóis dominicanos” ou na “pampa sul-americana”. Dos originais “ginetes” andaluzes, possivelmente muitos morreram durante as conquistas, mas outros, sem dúvida, se reproduziram e seus descendentes, aclimatados pelo meio americano durante muitas gerações, forjaram essas populações crioulas, constituídas pelo “pequeno grande cavalo da América”, como acertadamente batizou Guilherme Echenique.

Sem dúvida, o Crioulo é descendente direto do cavalo trazido para a América pelos conquistadores. O mais difícil de demonstrar é a composição étnica da população eqüina da
Espanha nessa época, quais eram os tipos de cavalos que predominavam e quais, por razões de distribuição geográfi ca, poderiam ser os que vieram à América e deram origem à nossa raça Crioula. Prado (1941), fez um estudo das “ascendências” etnográficas do cavalo chileno de 1541. Segundo o autor, os tipos primitivos de cavalos que tiveram marcada infl uência na conformação do Crioulo são os cavalos celta e saloutre, cuja combinação originou a antiga “Jaca espanhola” (cavalo de alçada inferior a 1,47 metros - U. Prado, “El Caballo Chileno”, pág. 13), o bérbere ou raça africana, o asiático ou árabe e o germânico ou nórdico. Estes tipos de cavalos podem dar uma idéia aproximada, segundo Prado, do que foi o cavalo espanhol daquela época. O professor Ruy D’Andrade, em seus trabalhos (1935, 1939 e 1941), especialmente nestes três, em que estuda os elementos básicos da população eqüina da Península Ibérica, representa um valioso aporte para o estudo dos antepassados de nossos Crioulos, confi rmando a origem européia dos mesmos, ainda que marcadamente influenciados pelo tipo bérbere ou africano, mas alheios, quase por completo, da influência do asiático ou árabe. Da união desses tipos “garrano” e “líbico” (cavalo andaluz de perfil convexo ou subconvexo), o autor supõe que se deriva o tipo andaluz de perfil reto, e que os primeiros resultam, mais que sufi ciente para justificar no nosso Crioulo, nos tipos de perfil, chamados “asiáticos” e “africanos”, respectivamente, e que o autor chama de “tipo garrano ou celta” e de “tipo andaluz ou líbico”. Admite, igual a Dr. Cabrera, uma infl uência preponderante de bérbere na formação do cavalo espanhol, mas sem atribuirlhe, na realidade, o caráter de verdadeiro cruzamento, já que por uma hipótese, o autor lusitano supõe que “o cavalo andaluz não é nenhum parente próximo do árabe, nem descendente do bérbere, nem germânico, e sim, uma raça natural e local, transformada pela domesticação e por diversos cruzamentos sucessivos, efetuados até os tempos atuais. A estes grupos pertencem os cavalos bérberes e germânicos”. A infusão de sangue bérbere no tipo antigo andaluz viria a ser, assim, só um refresco de sangue e não um cruzamento. Eliminando o árabe como fator importante na formação das raízes da raça, só duas origens étnicas importantes tendem a equilibrar sua ação nela: o “africano”, representado pelo cavalo bérbere primitivo, e o “europeu”, produto da fusão dos tipos celtas, do soloutre e germânicos. Destacam-se, entre as características comuns herdadas de seus antepassados, a alçada mediana, que difi cilmente chega ou supera 1,50 metros, sua cabeça curta, triangular, de perfil reto ou subconvexo, as orelhas curtas bem separadas, amplas em sua base e pouco perfi ladas, o pescoço erguido, a garupa pouco inclinada e o temperamento ativo, herança do bérbere, que se unem à abundância de crinas e cola, ao aspecto “baixo e forte” e ao caráter tranqüilo de seus antepassados europeus.
Características
Origem Rio Grande do Sul
Tamanho 1,38 à 1,50 m
Pelagem todas as variedades.
Caráter tranqüilo e esperto.
Atitude cavalo de sela, de viagem, resistência e de lida de campo.
Qualidades resistente.
Cabeça curta; perfil retilíneo, ligeramente côncavo ou convexo.
Flanco curto, cheio, unindo harmonicamente o ventre ao posterior.
Paletas comprimento mediano, ligeiramente
inclinadas e fortemente musculadas, caracterizando encontros bem separados.
Braços e cotovelos fortemente musculosos: braços devidamente inclinados com os cotovelos, bem afastados do peito.
Ante-braços musculosos, bem aprumados, afinando-se até o joelho.
Joelhos fortes e nítidos.
Canelas curtas, com tendões fortes e bem definidos; bem aprumadas.
Quartelas de comprimento médio, fortes, espessas, nitidas e medianamente inclinadas.
Cascos de volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e negros de preferência.
Garrões amplos, largos, fortes, secos, paralelos ao plano mediano do corpo; ângulo anterior do garrão medianamente aberto.
Peso oscilará entre 400 (quatrocentos) e 450 (quatrocentos e cinquenta) quilos.


Como Ensinar Um Cavalo a Levar Alguem Do Dorso.

Ensinar um cavalo a levar uma pessoa (ser cavalgado) pode ser fácil ou difícil. O nível de dificuldade depende de dois fatores principais: a idade e o tamanho do cavalo. Evidentemente, quanto mais jovem e menor for o cavalo, mais fácil será ensiná-lo a levar uma pessoa.
O equipamento necessário não depende do tamanho do cavalo. De qualquer modo, fácil ou difícil, o treinador precisará de um cabresto bem ajustado, uma rédea e um chicote.

Conforme mencionado antes, é mais fácil ensinar um cavalo a levar uma pessoa se ele ainda for um potro, e não tiver sido afastado da sua mãe. Se este for o caso, é mais fácil para todo mundo se houver duas pessoas envolvidas no treinamento: uma para manejar a égua, e outra para manejar o potro.
  • Primeiro, capture e ponha cabresto na mãe do potro. Depois de ter pego a mãe, capture e ponha cabresto no potro. É bem provável que seja necessário as duas pessoas para capturar o potro e por-lhe um cabresto nas primeiras vezes, especialmente se ele não estiver acostumado a ser manejado pelas pessoas. É claro que, se este potro teve contato humano desde que nasceu ou logo após, este passo é fácil. Se o potro não teve nenhum contato humano, este passo pode ser um dos mais difíceis de realizar, ao menos nas primeiras vezes. No entanto, com um pouco de paciência este passo torna-se mais fácil.
  • A pessoa que está manejando a égua deve começar a conduzir a égua lentamente para diante, e a pessoa que está manejando o potro deve deixá-lo seguir a égua. O treinador do potro deve segurar a rédea deixando-a um pouco solta, mas não pendurada o suficiente para enroscar-se no potro ou no treinador.
  • Repita os passos 1 a 3 até que o potro esteja seguindo a sua mãe sem problemas. Estes três passos são importantes porque permitem ao potro começar a andar acompanhado de uma pessoa, bem como acostumar-se com o cabresto e com a rédea. Estes três passos também ajudam a acostumar o potro a ter a pessoas tocando-o e manipulando-o. Com a sua mãe por perto, o potro não se estressará tanto quanto se estressaria se ela não estivesse participando deste treinamento.
  • O passo 4 tem lugar depois que o potro estiver andando com uma pessoa, sem problemas, seguindo sua mãe. Este passo coloca o potro em contato com uma rédea mais curta, o que põe mais pressão sobre a sua cabeça, através do cabresto. O treinador encurta a rédea para um comprimento em que seja confortável para ele conduzir um cavalo, e segura o excesso com a mão esquerda. No entanto, não enrole o final da rédea na mão esquerda, porque isto se tornará um problema se o potro resolver fugir. O potro é conduzido andando atrás da égua durante alguns dias, com a rédea encurtada entre o potro e o treinador. Agora também é uma boa hora para começar a virar o potro enquanto ele está sendo conduzido. O treinador vira o potro simplesmente segurando a rédea abaixo do queixo do potro com a mão direita, e puxando-a na direção para onde quer virar. Este passo ajuda o potro a acostumar-se mais com o treinador e com a sensação da rédea e da pressão do cabresto em sua cabeça.
  • Agora, a meta é ensinar o cavalo a andar lado a lado com outro cavalo. O treinador irá mover o potro para perto de sua mãe. O treinador deve ficar do lado do ombro esquerdo do potro, entre o potro e sua mãe, olhando para a mesma direção que os dois cavalos. Os dois cavalos são conduzidos, lado a lado, por mais alguns dias, até que o potro esteja à vontade com este passo. Este passo é importante para ensinar ao potro que ele pode ser conduzido ao lado de outro cavalo, sem ter que necessariamente segui-lo de perto, atrás. Este passo pode ser realizado com outro cavalo que não a mãe do potro. Este é o último passo, antes de conduzir o potro isoladamente. O potro ainda poderá protestar, empacando (recusando-se a andar) ou disparando (tentando fugir). O treinador deve estar preparado para lidar com qualquer das duas situações, e continuar a conduzir o potro até que ele se deixe conduzir corretamente, sem ter nenhuma destas reações impróprias.
  • Ajuste fino da condução do potro. Neste passo, o potro é ensinado a permanecer em seu espaço, ou deixar espaço entre ele e o treinador. Este espaço pode ser importante se o potro levar um susto e resolver correr. Para realizar esta parte do treinamento, simplesmente empurre o potro na distância desejada, com a sua mão direita. O comprimento da rédea também auxiliará a determinar a distância a que o potro fica do treinador. Quanto mais curta for a rédea, mais perto o potro estará do treinador.
Se o potro já foi afastado de sua mãe, pode ser um pouco mais difícil ensiná-lo a levar uma pessoa no dorso, mas ainda assim pode ser feito. Os passos para ensinar um cavalo a andar sem o auxílio de sua mãe são diferentes dos passos do treinamento em que a mãe está envolvida.
  • Reúna o equipamento, que é o mesmo utilizado para ensinar um potro com a ajuda da mãe (um cabresto, rédea e um chicote). A única diferença é que o cabresto e a rédea para a égua não são necessários. Ainda é útil ter mais uma pessoa auxiliando no treinamento, para o caso de o treinador precisar ajuda adicional com o cavalo. O treinador também precisará muita, muita paciência e perseverança, provavelmente mais do que um treinador que está ensinando um potro com a sua mãe.
  • Capture o cavalo. Este pode ser o passo mais difícil de todos, especialmente se é um cavalo em que nunca foi posto cabresto, ou que nunca teve contato humano. O treinador poderá precisar de ajuda para este passo. Eu descobri que a maneira mais fácil de capturar um cavalo nesta situação é cercá-lo em um canto, de modo que o cavalo possa ver o treinador, ao mesmo tempo em que você se mantém afastado da cerca. O cavalo estará entre o treinador e o canto. Quando o cavalo estiver restringido ao canto e encarando o treinador, o treinador caminhará até o ombro esquerdo do cavalo, em silêncio e segurando o cabresto e a rédea.
  • Os treinadores devem sempre estar atentos á sua localização em relação ao cavalo. O ombro esquerdo é um bom lugar para estar porque nesta situação existe pouco perigo de um coice ou de o cavalo disparar. Então, o treinador passa a rédea em volta do pescoço do cavalo e, enquanto segura o cavalo com a rédea, coloca o cabresto na cabeça do cavalo.
  • Estando parado ao lado do ombro esquerdo do cavalo, o treinador segura a rédea com a mão direita, deixando uma tira suficiente para permanecer a uma distância segura do cavalo, mas esticada o suficiente para o treinador ser capaz de controlar o cavalo. A seguir, o treinador segurará o restante do comprimento da rédea com a mão esquerda, tendo o cuidado de não enrolá-la na mão. Neste momento, a rédea está corretamente colocada nas mãos do treinador, e é hora de o mesmo segurar o chicote com a mão esquerda, com o cabo para cima e as tiras do chicote para baixo. O treinador deve manejar o chicote com muito cuidado e critério, e não mostrá-lo nem utilizá-lo para assustar ou intimidar o cavalo. Agora, o treinador deve caminhar devagar para frente, aplicando uma pequena pressão à rédea, que se transmitirá para o cabresto, sinalizando ao cavalo para se mover. Então, o cavalo terá uma das seguintes reações: deixar-se conduzir facilmente, recuar ou tentar sair em disparada. O treinador deve estar preparado para qualquer uma destas três reações.
  • O quarto passo depende da reação do cavalo no terceiro passo:
  1. Se o cavalo simplesmente andar com o treinador como se já estivesse habituado a ser conduzido, o treinador deve simplesmente continuar a executar os três primeiros passos, até ter certeza de que o cavalo está-se deixando conduzir sem problemas.
  2. Entretanto, se o cavalo resolver recuar ou fugir do treinador enquanto este tenta conduzi-lo, o treinador deve erguer a rédea, procurando obter o controle sobre o cavalo. Isto em geral é conseguido puxando a cabeça do cavalo, de modo que ele fique olhando para o treinador. Quando o cavalo estiver sob controle e o treinador o fez recuperar a compostura, o treinador pode tentar novamente conduzir o cavalo.
  3. Se o cavalo tentar sair em disparada, ou recusar-se a se mover, o treinador deverá utilizar as tiras do chicote para dar pequenas pancadas na parte traseira do cavalo. Isto é feito com muito cuidado, com o chicote na mão esquerda do treinador, e por trás das costas do treinador. Nunca bata com força com o chicote; você não está disciplinando o cavalo, está apenas tentando instigá-lo a se mover. O treinador deve segurar a rédea firmemente esticada enquanto realiza estas ações, porque o cavalo pode alternar entre ir para frente para correr, ou voltar para trás para recuar; o treinador deve estar preparado para qualquer destas duas reações.
  • O próximo passo é fácil de lembrar, mas pode não ser muito fácil de ser realizado. Simplesmente repita os passos de 1 a 4 diariamente, ou até não encontrar mais problemas em conduzir o cavalo. O tempo necessário para treinar um cavalo para se deixar conduzir depende inteiramente do cavalo e do treinador. Alguns cavalos necessitam de mais tempo para serem treinados, e alguns treinadores conseguem fazê-lo mais rapidamente porque têm mais experiência em treinar cavalos.
Ferramentas Necessárias

Como Cuidar do Seu Primeiro Cavalo

                  Como Cuidar do Seu Primeiro Cavalo

Criar e cuidar de uma égua grávida, para não falar de um potro, é uma grande decisão e responsabilidade. Há muitas coisas a se considerar depois decidir reproduzir sua égua. Se você não está familiarizado com a reprodução e com os cuidados de uma fêmea grávida, o melhor é procurar ajuda profissional sobre reprodução e ter alguém que possa ajudar a responder qualquer pergunta ou preocupação que você possa ter. Algumas das coisas que precisam ser levadas em consideração antes mesmo da reprodução ocorrer são:
  1. A época do ano – As éguas têm um acasalamento natural. A maioria das éguas têm cios regulares durante a primavera e verão, cessando durante o outono. Estes cios são acionados por um clima mais quente, que estimula o cérebro a produzir hormônios reprodutivos. Com alguns cavalos puro sangue, a luz artificial e o calor - como a luz elétrica em estábulos – farão a égua procriar mais cedo e dar a luz o mais perto do 1º de janeiro possível (o aniversário oficial de todos os cavalos puro sangue de corrida). Mas normalmente, os meses mais comuns para uma égua dar a luz é a partir de maio até julho. Então, sabendo que o período da gestação duma égua dura onze meses, o melhor momento para fazer a égua procriar é de junho a agosto.
  2. Prós e contras de se reproduzir - Apesar de existirem vantagens em fazer sua égua procriar, há pontos negativos também. A maioria das éguas não tem qualquer dificuldade na gestação e tem um parto bem sucedido, mas às vezes surgem problemas. Quando pensar em procriar sua égua, você precisa se certificar de que tem tempo para o trabalho duro e instalações especiais, tal como uma área separada a fim de afastar o potro. Reproduzir puro sangues pode ter um benefício financeiro, já cruzamentos entre raças não oferecem tanto, apesar de gerar potros amigáveis. Com os garanhões você não tem que preocupar-se depois da procriação, mas há incidentes que podem acontecer durante o cruzamento que podem causar danos, como a égua chutá-lo.
  3. Idade para a reprodução - A maioria das éguas são capazes de procriar em seu primeiro cio, com cerca de 18 meses de idade, até que elas parem de ter cios regulares. A maioria dos criadores gostam de começar quando a égua tem quatro anos porque ela já parou de crescer nessa idade. Às vezes, a égua ainda pode reproduzir com mais de 15 anos. Com garanhões, a maioria dos criadores tentam dar adestramento quando o garanhão tem dois anos, a fim de que ele seja mais fácil de lidar quando começar a reproduzir com três ou quatro anos. Não inicie a reprodução de seu garanhão muito jovem ou você nunca mais vai conseguir treinar ele.
Se você já considerou tudo isso e ainda quer procriar seu cavalo, muito bem, ter um novo potro é sempre emocionante! Você continuará uma grande linhagem, com atributos que anteriormente te convenceram a criar seu cavalo. A reprodução é uma ação natural para os cavalos e há muitas maneiras de se realizar essa tarefa. Existem três formas básicas que os criadores de cavalo utilizam para fecundar uma fêmea:
  1. Inseminação artificial - Esta forma de reprodução é mais comumente utilizada em cavalos caros. A inseminação artificial permite a você a escolher as características que deseja para a raça, embora possa ser muito caro obter sêmen. O sêmen é retirado de um garanhão enquanto ele tem relações com uma égua "falsa" e ejacula em um tubo. A coisa boa deste tipo de reprodução é que a maioria das amostras são verificadas em relação a fertilidade.
  2. Reprodução aberta ou descontrolada - A maior parte do tempo o domador, quer do garanhão ou da égua, vai conduzir seu cavalo para o estábulo de outro domador, onde a égua e o garanhão são colocados juntos e são permitidos reproduzir naturalmente. Este é o procedimento mais natural e mostra-se bastante bem sucedido, embora possa demorar várias tentativas, dependendo dos cavalos.
  3. Reprodução monitorada ou controlada – Essa é quando ambos domadores estão no local com seus cavalos. Eles normalmente ficam no cabresto e sendo conduzidos, o domador do garanhão pode ter um chicote ou outro dispositivo para que possa manter o garanhão sob controle. Esta é uma das formas mais perigosas de se reproduzir, porque nunca se sabe como a égua ou o garanhão vão reagir e isto coloca você no meio, por assim dizer.
Assim que estiver concluída a reprodução, espere pelo menos um mês (a época que a égua vai estar no cio) para marcar uma consulta com o veterinário. Ele pode confirmar se sua égua está realmente grávida. A maioria dos criadores oferecem garantias, de modo que se a égua não ficar grávida, você pode tentar de novo até que ela fique. Assim que a reprodução estiver confirmada, é seguro continuar exercitando e montando na égua. A maioria delas pode ser montada até que estejam com a data certa para parir, dependendo do tamanho da égua.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Meu Erro..

criado Por Sabrina Andrade Conhecida Como Sabrina e luan.

Meu Erro !!!


Te Ouvi Gritar Mais Nada Fiz
Sobre o Escuro Da Noite
Me Coloquei a Correr,
Segui A Algum Caminho Que Não Posso Te Ouvir
Mais Pq Correr Sendo Que Voc Me Deu Confiança,Esse è
Meu Destino Te Deichar Sofrer.
Mais Nada Fiz Pois Meus Medos Não Pude Esconder,
e Te Perder Foi O Pior Que Alguem Poderia Fazer.
Com Um Amigo Fiel Que Te Fez Correr Atraz De Mim
e Relinchar Quando a Morte Te Fez Parar.

Pegadas De Sangue

POEMAS FEITO POR MIM SABRINA ANDRADE CONHECIDA COMO SABRINA E E LUAN.

                                                     Pegadas De Sangue
 

Sereis Eu o Escolhido
Que Perderei Minha Liberdade
Carregarei Você Em Meus Ombros.
Correi Sem Medo a Frente Das Armas,
e Saltarei Sobre O Medo
Ouvindo Gritos De Desespero.
Pisando Sobre o Mar De Sangue,
Meu Manto Castanho Perfurado,
Sangrando Não Deicharei Você Aqui.
Não Cairei Sobre a Batalha.
Correi Até Não Poder Mais.
Quando Te Vi Não Pude Imaginar Que Terminarei Assim,
Ouvisse De Longue Um Tiro,Que Me Acerta e Me Faz Cair.
Tantos Relinchos Pedindo Misericórdia,
Meu Amigo Ficou Deitado Sobre Meu Lado,
Não Avia Mais Destino.
Não Avia Mais Chão
Que Pudesse Te Levantar.
Um Ultimo Adeus Quebrou Nossa Amizade.
e Por Fim Terei Minha Liberdade,
Mais Esperarei o tempo Que For Para Te Ver
Em Meus Ombros Aonde Corremos Sobre Os Céus Que Deus Nos Sederá.
La a Espera De Mim Esta Meu Rebanho.
Papel de Parede Gratuito de Natureza : Cavalos Correndo


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Uma Bela Recordação De Quem Possui o Simbolo Oficial Do Haras Greca..


Uma Bela Recordação De Quem Possui o Simbolo Oficial Do Haras Greca..

Meu Eterno Amigo...

Aprendi Que No Caminho Que Andei,
Muitos foram Ficando Para Trás.
Aprendi Respeitar,
e Que Cada um Tem Seu Lugar.
Ouvimos Uma Musica Suave,
Mais No Fundo Aprendemos Aprecia-lá.
 Logo Sabemos Canta-la,
Mais Foi Impossivel De Te Ouvir Gritar,
Pois De Longue Ouvia Somente Susuros,
Que Não Souberam Pedir Adeus.
Alguns Segundos Perto de Ti,
Pude Sentir Meu Coração Tocar.
A Mesma Musica Que Pude Apreciar,
Mais o Porem Da Vida Era Por Que Aprendi
te Canta-la.
Era A Unica Musica Que Tocou Naquele Dia Que Não,
Pude Te Dizer Adeus.
e Te Perdir Para Sempre,
Com Um Sofrimento Me Levei As Magoas.
Correndo Sobre o Campos,
Seu Geito Me Faz Te Apreciar Cada Vez Mais,
Eu Aprendi a Sorrir Mais.
e Quando Estava me Sentindo Sozinha,
Lembrei De Nossas Aventuras Pelos Pequenos Campos,
Aquela Pequena Musica Que Decorei.
Todos Nosso Sonhos.
Ainda Poderia Completar Mais Sem Alguem Qe Faz Meu Mundo,
Uma Bola De Alegria
Hoje A Transforma Numa Bola De Medo e Sombrio.
Minhas Lagrimas Derrubadas Simpresmente Foram Secas,
Pois Sabia Que De Algum Modo Voc Estavá Me Olhando e Resando Para Que No Fundo.
Nunca Mais Sofresse.

Vamos Defender Quem Nos Da Amor


Samos Belos e Amigo,Temos Uma Força Inormal Mais Sabemos Amar e Se Cuidar Da Gente Bem Não Pararemos Assim*

Sabemos Sofrer Mais Lutaremos Para Não Apanhar Pois Se Cairmos Sofreremos Mais.
Assim Vou Ficar e Morrei Se ninguem Ter Me Conhecido...

Vale A Pena Chorar De Emoção...

  Uma Bela História De Vida Para Quem Merece Achar Um Lar.

Secretariat

                                                             ``SECRETARIAT´´
Uma Bela Homenagem Ao Melhor Cavalo Do Mundo Em Corridas

domingo, 15 de abril de 2012

Polo>Classico

Pólo Equestre

Esporte de nobre montaria

Pólo Equestre
O grupo de cavaleiros atravessa ligeiro o gramado verde. Cavalgam quase todos muito próximos o que exige atenção e pericia, perseguindo uma pequena bola branca de oito cm, que tentam acertar com longos tacos grandes com um pequeno martelo na ponta, sempre seguros pela mão direita. Este é o jogo de pólo equestre, um esporte dinâmico, que exige concentração, habilidade e entrosamento completo entre montaria e cavaleiro. Tem poucos praticantes, mas é dinâmico e tem uma aura de sofisticação que poucos esportes possuem.
Regras
Nas regras gerais, o pólo equestre é muito semelhante aos esportes de quadra. É disputado por duas equipes de quatro jogadores, com dois atacantes e dois defensores, tentando marcar gols uma sobre a outra, com a partida dividida em seis tempos, denominados chukkas, cada um com sete minutos, mais um de desempate se for necessário.
Mas as diferenças também são marcantes. A primeira é até inusitada, as equipes devem trocar de campo a cada gol marcado, para que não tenham a vantagem do terreno sobre o adversário. A outra está bem a vista, é o cavalo. Sendo um esporte eqüestre as regras são feitas para o bom aproveitamento de seu desempenho.
Para que o animal não sofra um grande desgaste, o cavaleiro deve substituir a montaria a cada chukka, só utilizando o mesmo cavalo uma vez mais. Em média são seis cavalos para cada jogador.
A segurança de cavalos e cavaleiros também é um traço importante; as regras são rígidas sobre o controle dos tacos, para minimizar acidentes; as trajetórias dos cavaleiros também são observadas com atenção e na ausência de condições físicas da dupla, os juízes podem pedir uma substituição. Para acompanhar os lances rápidos, existem dois juízes montados, um dentro do campo e outro na zona de segurança, estes são auxiliados por um cronometrista, mais um apontador de gols ou dois bandeirinhas, que se posicionam próximos aos gols.
O campo, coberto de grama (também se joga na neve em alguns países), tem dimensões generosas, adequadas aos animais, com 275m a 230m comprimento por 146m a 130m de largura variando se é aberto ou fechado. Possui uma área de jogo de 180m a 160 m, por 146 a 130m ambas com 10 de área livre nas laterais e 30 m de fundo, a chamada “Zona de segurança”. O gol tem uma largura de 7,3 metros.
Pólo Equestre
Outro ponto interessante é o handicap, um tipo de ranking que acompanha o desempenho geral do jogador, mas que só é realizado ao final de cada temporada. Os jogadores são avaliados e classificados por handicaps em uma escala de -1 a 10, sendo -1 para os iniciantes e 10 apenas para jogadores excepcionais. Para se ter uma idéia do nível desses jogadores, atletas com handicap igual ou superior a 2 já são considerados profissionais. O handicap dá prestigio ao jogador, mas mais do que isso serve, por exemplo, para nivelar jogos entre equipes desiguais, onde é somado todos os pontos dos jogadores de cada equipe e a diferença entre as duas pode ser convertida em posse de bola ou pontuação para a equipe mais fraca. O handicap pode aumentar ou diminuir, conforme o desempenho ou a ausência de um atleta das competições, mas nunca volta ao zero.
Um dos esportes de montaria mais antigos da história
As origens não estão bem definidas, mas o pólo equestre nasceu na Ásia. A versão mais aceita é que ele surgiu por volta de 600 a.c, no Tibete, onde para proteger as colheitas dos ratos almiscarados, caçadores montados perseguiam estes animais com longos bastões que, quando não eram utilizados na caça se prestavam ao “pulu”, um jogo onde os ratos eram substituídos por bolas rudimentares. Essa forma de Pólo se expandiu pela Ásia, para a China a Índia e Pérsia, de onde chegou a se difundir para a Grécia e o Egito.
Depois o esporte desapareceu do ocidente, enquanto no Oriente permaneceu popular entre as elites, disputado pela alta nobreza como Sultões, Califas e Imperadores. Na Índia pelo contrário, o pulu era popular, apesar do sistema de castas, todos podiam ao menos assistir, muitas aldeias tinham seus próprios campos, e o esporte logo chamou a atenção dos militares e colonos ingleses. Em 1859, o Capitão Robert Stewart criou o primeiro clube de pólo inglês, O Retreat at Silchar, e os ingleses levaram o jogo por onde passaram. Em um desses lugares, a Argentina, o esporte caiu no gosto do país, e o clima e o terreno propício a criação de cavalos fizeram dos portenhos os melhores jogadores do mundo, tradição mantida até hoje. Também desenvolveram raças próprias para o esporte como o petizo de pólo, as vezes cruzada com Puro Sangue Inglês.
O pólo chegou a fazer parte das Olimpíadas, entre as edições de 1900 e 1936, mas saiu do Programa Olímpico, devido aos custos do transporte e cuidados necessários à utilização de muitos animais. Nesse período a Argentina foi a grande vencedora, com 2 medalhas de ouro em 1934 e 1936.
Atualmente o esporte está presente em mais de 50 países, como os, Chile, Brasil, EUA, Inglaterra e México. O esporte esta sob a jurisdição da Federação Internacional de Pólo (FIP). Mas por conta do grande número de animais utilizados, o esporte é tal qual na antiguidade, praticado pelas elites, como líderes políticos, príncipes e magnatas. O príncipe Charles, da Inglaterra, e seu filho Harry são praticantes.
No Brasil o esporte também é associado as grandes fortunas, com nomes como Ricardo ”Ricardinho” Mansur, André e Fábio Diniz, José Eduardo Matarazzo Kalil, entre os principais polistas brasileiros.

    O jogo mais caro do mundo

Há apenas 500 jogadores de pólo no Brasil. São todos milionários
O jogo de pólo certamente não consta das modalidades que dependem de verbas do Ministério do Esporte e Turismo. Felizmente para seus praticantes. Caso contrário, eles assustariam funcionários petistas do governo com sua relação de despesas rotineiras com cavalos, campos, gramados, tratadores de animais, veículos especializados em carregar montarias e até uniformes e botas.
Estima-se que existam apenas 500 jogadores de pólo no Brasil – e a verdade é que eles, em geral grandes milionários, não precisam de ajuda para praticar seu esporte favorito. Esse é um dos ramos esportivos menos conhecidos no país, mas os praticantes estão entre os mais festejados atletas mundiais da modalidade. O Brasil detém dois títulos mundiais, conquistados em 1995 e 2001, e disputa com argentinos e britânicos a primazia internacional.
Entre os especialistas, os brasileiros são tão respeitados quanto Ronaldinho no futebol e Gustavo Kuerten no tênis. Há outro aspecto que torna o jogo ainda mais surpreendente. Esporte preferido da realeza britânica, o pólo é mais exclusivo que qualquer outra atividade esportiva. É por isso que, no Brasil e no mundo, quase todos os jogadores carregam sobrenomes conhecidos na alta sociedade.
                           Pólo Equestre
Jogo de pólo no Helvetia Club, em São Paulo, e tratador com cavalos da raça puro-sangue: os melhores animais chegam a custar 50 000 reais.
                                       Pólo Equestre
Os campos mais badalados do Brasil ficam no Helvetia Polo Club, em Indaiatuba, no interior de São Paulo, a cerca de uma hora da capital paulista. Fundado nos anos 70, na região onde ficam alguns dos mais luxuosos condomínios do Brasil, o entorno do Helvetia é uma das áreas que concentram o maior número de campos de pólo do mundo.
São 33 no total, 27 deles em fazendas particulares. Cada um tem 275 metros de comprimento por 140 metros de largura, o equivalente ao tamanho de quatro campos de futebol. Quase todos os membros da confraria do pólo são donos de mansões nos arredores do Helvetia. Algumas casas têm dez suítes e são avaliadas em até 15 milhões de reais. Além de campo de pólo, a maioria das residências possui campo de golfe, outro esporte praticado pelo seleto grupo.
O Helvetia realiza anualmente três grandes torneios patrocinados por grifes luxuosas, como Tiffany e Porsche. Nessas ocasiões, os convites pedem que as mulheres usem chapéu, repetindo a tradição inglesa. Os homens chegam para a festa dirigindo carrões de luxo. Desfiles com lindas modelos e o som ao vivo de violinos e violoncelos animam o evento.
É um luxo só. "Essa tradição se deve principalmente à família real inglesa, a principal promotora do esporte no mundo", afirma Claudemir Siquini, presidente do Helvetia Club. O pólo está tão presente na vida da corte inglesa que já houve até um escândalo sexual envolvendo o jogo. Quando ainda era casada com o príncipe Charles, os jornais divulgaram um suposto romance entre a princesa Diana e um polista chamado James Hewitt. Entre os ingleses históricos que praticavam pólo, o mais conhecido foi o ex-primeiro-ministro Winston Churchill.
                     Pólo Equestre
Rico Mansur, o melhor amador do mundo: reconhecimento social e prêmio recebido das mãos da rainha Elizabeth II.
Nas partidas realizadas no Brasil, os presentes são na maioria pessoas de referência na área empresarial, como os Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, e os Mansur, do ramo de laticínios. Em campo, estão quase sempre os herdeiros desses grupos. É o caso de Fábio Diniz, filho de Arnaldo Diniz, um dos irmãos do controlador do Grupo Pão de Açúcar, Abilio Diniz. Fábio começou a jogar aos 11 anos, incentivado pelo pai. Hoje, aos 26 anos, é considerado o melhor profissional do Brasil. Outro jogador de categoria internacional é Ricardo Mansur Filho, conhecido na comunidade pelo apelido de Rico.
Ele é filho do ex-dono do Mappin e da Mesbla, cuja família controla a indústria de laticínios Vigor. Rico é o amador com o mais alto handcap do mundo, medida baseada na média de gols que o jogador faz por partida. Está nessa categoria porque ainda paga para competir, mas tem qualidades de profissional. Rico foi o primeiro brasileiro da história a vencer um dos quatro torneios abertos da Argentina. É tão admirado no meio que, recentemente, apareceu ao lado da namorada, Isabela Fiorentino, na capa da revista Pólo, especializada no assunto. Rico tem também no currículo um prêmio recebido diretamente das mãos de sua majestade a rainha Elizabeth II, da Inglaterra.
Além da qualidade do jogador, o desempenho dos cavalos também faz a diferença. Os especialistas dizem que os melhores animais podem responder por até 70% da performance da equipe. Como o pólo exige muita força e explosão, os cavalos utilizados são da raça puro-sangue inglês, uma das mais velozes do mundo. Um puro-sangue inglês competitivo custa em média 10.000 reais. Como cada um dos oito jogadores em campo costuma ter sete cavalos para participar de uma única partida (a cada sete minutos de jogo o cavalo se cansa e deve ser substituído), só em cavalos um jogo que dura menos de uma hora pode mobilizar um patrimônio superior a meio milhão de reais. Os melhores puros-sangues, no entanto, aqueles que disputam torneios internacionais, podem valer até 50.000 reais. Além disso, as principais equipes têm o próprio caminhão que leva os animais de uma fazenda a outra. Isso sem falar nos funcionários. Uma tropa de dez cavalos exige pelo menos um veterinário e cinco tratadores, que cuidam de limpar as baias diariamente, levar os cavalos para passear, repor ração e feno, fazer a tosa e preparar as selas.
Por ser um jogo que exige muita velocidade dos animais, o pólo pode ser considerado um esporte violento. O jogador precisa equilibrar-se em cima de um animal que corre a mais de 50 quilômetros por hora. Tombos, portanto, são inevitáveis. Todos que jogam conhecem alguém que já quebrou um braço, uma clavícula ou uma perna. Existe também o risco de o jogador levar uma bolada no corpo ou na cabeça, o que pode provocar desmaios. Há alguns anos, o argentino Horacito Heguy, um dos melhores polistas do mundo, tomou uma bolada no olho direito que o deixou cego. Atualmente, ele joga com uma prótese de vidro. No Brasil, um dos acidentes mais conhecidos envolveu os irmãos Abilio e Alcides Diniz. No começo dos anos 80, durante um jogo em família, Abilio levou no rosto uma tacada desferida involuntariamente por seu irmão Alcides. Abilio quebrou a mandíbula e teve de fazer uma cirurgia plástica. Hoje ele não joga mais. Mas continua a apreciar o esporte.

Adrestamento

                         Adestramento de Cavalo
O adestramento clássico é uma modalidade olímpica. Tem sua origem nas antigas práticas de guerra através de reedições de testes feitos com cavalos nos exércitos europeus, no século XIX.
No adestramento o conjunto deve efetuar determinados movimentos , que são as figuras e o objetivo é obter a maior pontuação possível.
Tanto o cavalo como o cavaleiro devem estar confiantes e entrosados para efetuar a figura já que havendo um pequeno erro a qualidade do movimento fica comprometida prejudicando a pontuação. Para um cavalo chegar ao olímpico requer muito treinamento, saúde e sorte.
Geralmente o treinamento de uma cavalo de adestramento começa aos 4 anos de idade e chegando ao seu ponto máximo entre 12 e 16 anos. O trabalho é gradual e exige muita paciência principalmente na contrução de confiança cavalo e cavaleiro. Afinal comandar um animal em torno de 650 kgs. com simples comandos de assento por uma cavaleiro ou amazona que pesam entre 55 e 90 kilos não é das tarefas mais fáceis !
A questão da saúde esta relacionada a condição do cavalo em receber durante 6 dias/semana e onze meses/ano vários tipos de exercício. Um cavalo com 12 anos de idade é um verdadeiro atleta com pura musculatura e caráter próprio desenvolvido !
A sorte tem seu espaço nas várias etapas em um convívio com o cavalo. Por mais que o cavaleiro faça analises de conformação, andadura, temperamento e saúde quando escolhe um cavalo no campo a sorte é imprescindível na confirmação na combinação dos fatores.
O julgamento na prova de adestramento é subjetivo. Os juízes julgam a reprise de cada conjunto dando notas de 1 a 10 de acordo com cada figura feita. Os juízes recebem treinamento específico e tem seu nível de atuação de acordo com o número de horas julgadas e com o grau de atualização, via participação de treinamentos.
Existem várias séries de acordo com o nível de dificuldade das figuras. A mais fácil, para iniciantes, é a elementar. Depois segue a seguinte ordem: preliminar, média I , média II, forte e GP Internacional.
Existem várias figuras divididas em menor ou maior grau de dificuldade de acordo com o nível da represe. A seguir alguns exemplos de figura galope alongado, passo livre, mudança de galope simples, mudança de galope a tempo, pirueta, espádua para dentro, travers, renvers , passage, piaffe, etc.

Adestramento no Brasil

O adestramento clássico a nível de competição no Brasil é praticado por aproximadamente 200 cavaleiros ou amazonas. As competições nacionais são concentradas primeiramente em São Paulo depois Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
Algumas iniciativas isoladas de empresas privadas ou grupo de pessoas amantes do esporte tem patrocinado campeonatos de boa qualidade, clinicas com treinadores estrangeiros e convites a juízes de renome internacional.
Em média são realizados entre 8 e 10 eventos nacionais durante o ano.
Outro fato que tem contribuído para o incremento do esporte é a facilidade de acesso que os meios de comunicação tem oferecido aos praticantes assim como também o interesse da FEI - Federação Equestre Internacional em difundir a modalidade.
A FEI, assim como federações internacionais de outros esportes tem o interesse na popularização da modalidade e o Brasil , principal país da América do Sul, tem se beneficiado de algumas ações.
A maioria dos conjuntos são de origem européia que trouxeram ao Brasil a tradição desta modalidade bem mais popular principalmente nos países como Alemanha, Holanda, Suécia, Suíça, Dinamarca, França , entre outros. Praticantes da categoria de concurso completo também estão aderindo o adestramento já que a mesma , junto com o Adestramento clássico e “cross country” compõem a modalidade.
Novos valores estão surgindo no esporte, principalmente na categoria infantil e o grande desafio é mantê-los interessados pelo esporte.
O Adestramento ou Dressage deriva seu nome da palavra francesa dressur, que significa "treinar". É uma das três modalidades eqüestres olímpicas, regulada pela Federação Eqüestre Internacional (FEI). O objetivo geral do Adestramento é auxiliar o cavalo a desenvolver, através de diversos exercícios, a capacidade de executar todos os seus movimentos naturais, tornando-o um animal flexível, calmo, atento ao cavaleiro e, portanto, agradável de se montar. Partindo deste princípio, em tese todo cavalo de sela deveria receber tal treinamento, mesmo em nível básico.
Os cavalos destinados à competição necessitam, porém, de treinamento avançado, que é realizado em escalas, do iniciante ao Grand Prix (Grande Prêmio). Animais que atingem tal nível de treinamento devem dar a impressão de "flutuar" pela pista sem o auxílio do seu cavaleiro, com os movimentos mais complexos realizados sem esforço aparente.
Por isso, a modalidade é muitas vezes conhecida como "Ballet Eqüino". As origens do Adestramento se encontram nos escritos de Xenofonte, da Grécia Antiga, que pregava o treinamento dos cavalos sem violência e seguindo sua movimentação natural. Não se sabe se os célebres cavaleiros da Idade Média seguiam seus métodos, embora isso seja pouco provável - aparentemente, o controle dos animais era feito através de embocaduras extremamente severas, esporas violentas e exaustão física.
Durante o Renascimento europeu, os princípios gregos de Xenofonte foram revividos e a Equitação Clássica se tornou um dos principais passatempos dos reis e nobres. Estes passaram, então, a criar cavalos que possuíssem maior facilidade de executar os movimentos deles exigidos e desenvolver embocaduras e selas mais adequadas à modalidade. Até hoje, os cavalos da Alta Escola de Equitação de Viena e de Saumur, na França, são treinados de acordo com tais ensinamentos e apresentados com equipamentos idênticos aos da época.

Salto>Hipismo Resumo De Tudo...

                          Hipismo
No salto o objetivo é completar o percurso, composto de 15 a 20 obstáculos, dentro no menor tempo possível, e com o mínimo de faltas. O conjunto é penalizado quando:
Errar o percurso pré-estabelecido. (implica em desclassificação imediata)
O animal refugar diante do obstáculo. (três pontos de penalização)
A queda de quaisquer das varas (quatro pontos de penalização)
Excesso do tempo de percurso pré-determinado. (penalização progressiva em função dos segundos excedidos)
A prova individual de Salto é disputada em três fases classificatórias e duas rodadas finais, já a disputa de Salto por Equipes, é decidida nas duas últimas fases classificatórias.
Caso haja um empate na liderança da prova, os obstáculos são elevados para altura maior, ou a seqüência é alterada, e os conjuntos empatados realizam um novo percurso. O vencedor (Medalha de Ouro) será aquele conjunto que completar o percurso com o menor número de faltas no menor tempo.
O hipismo passou a integrar os jogos Olímpicos em 1900, apenas na categoria de Saltos. O Adestramento e o CCE só entraram em 1912.
No começo do século 19, o hipismo, nas olimpíadas, se resumia em montar no cavalo e pular cerca. Não haviam seqüências de obstáculos (um percurso) e as competições eram feitas apenas por saltos em "distância" e "altura", que alguns anos mais tarde desapareceram com a introdução do CCE.
As primeiras modificações foram introduzidas em 1902, dois anos depois do esporte participar pela primeira vez de uma Olimpíada, e consta que foram introduzidas pelo italiano Federico Caprilli.
Ele introduziu cercas (em número de 15 e 20 ) seguidas uma das outras, criando assim o que chamamos hoje de "percurso".
Os militares dominaram as competições até 1952, em função do intenso uso do cavalo em suas atividades diárias, quando essa hegemonia foi quebrada por um civil francês, Pierre Jonqueres d'Oriola, que ganhou a medalha de ouro em Helsinque.
A primeira medalha entregue a uma mulher, foi em 1956, quando a inglesa Patrícia Smythe conseguiu um bronze por equipes.
O esporte hípico passou a ganhar maior notoriedade na década de 30 com o aparecimento, em 1932 do atleta japonês Takeichi Nishi, num filme com Charlie Chaplin, Douglas Fairbanks e Mary Pickfold. O esporte então, passou a ser divulgado nas telas de cinema de Hollywood, porém ficando limitado à elite da sociedade.O atleta faleceu durante a Segunda Guerra Mundial, num ato suicida.
Em 1956 a hegemonia do esporte hípico foi amplamente assumida pela Alemanha, que mais tarde passou a dividi-la com os ingleses, que desenvolveram técnicas avançadas de controle dos animais.
O Brasil passou a ter notoriedade apenas a partir da década de 90, principalmente através do "nosso" Rodrigo Pessoa, atual tri-campeão mundial.
                                             Salto

Os ingleses sempre foram muito apreciadores das corridas de cavalos em campos que apresentavarn obstáculos naturais (cross country) e também da famosa caça à raposa, concurso em que os cavaleiros, acompanhados por cães, perseguiam e capturavarn a caça em campos abertos onde transpunham obstáculos naturais em seu caminho.
A partir da segunda metade do século XIX, resolveram, na Inglaterra, criar um tipo de prova que lembrasse as famosas caçadas, mas que pudessem ser realizadas em um recinto bem menor. Foram, entäo, criados obstáculos previamente preparados que reproduzissem aqueles naturais normalmente encontrados.
Assim tiveram origem as provas de salto. Com o passar do tempo, verificou-se que essas provas poderiam sofrer variações de acordo com as necessidades locais e de momento. Assim, foram criadas categorias para os cavaleiros e amazonas. Para tanto, são levadas em consideração, principalmente a idade do concorrente e o número de pontos que os mesmos possuem na federação eqüestre regional.
O Salto consiste na transposição de um obstáculo.
Existem obstáculos fixos e obstáculos móveis. São fixos aqueles que, se forem esbarrados pelas patas do cavalo permanecem no mesmo local, enquanto que os móveis são aqueles que caem quando tocados.
Nas competições de salto, os concorrentes correm um percurso especialmente desenhado por um "course designer" contendo vários tipos de obstáculos a serem vencidos.
O percurso inclui saltos duplos, triplos, rio e outros; dependendo do nível da competição
Os concorrentes recebem faltas (penalidades) por derrubarem obstáculos, diferença ao tempo pré-estabelecido, refugos, quedas e outros.
O refugo acontece quando o cavalo não salta um obstáculo, o terceiro refugo elimina o conjunto : cavalo e cavaleiro da competição.
Ao final da competição o cavaleiro que obtiver menor número de faltas (penalidades), e menor tempo em certas competições, será considerado o campeão. O empate de dois ou mais conjuntos levará a um novo percurso para desempate.
A prova de saltos de obstáculos é uma competição em que tanto o cavalo como o cavaleiro são avaliados, segundo certas regras durante um percurso de saltos.
Salto
Hipísmo rural

História

Desde há 3000 anos que se monta a cavalo, mas saltar a cavalo é um conceito relativamente recente. Os saltos de obstáculo surgiram com os caçadores de raposas ingleses, que montados nos seus cavalos, saltavam muitas sebes e cercas que dividiam os campos. Só a partir da segunda metade do séc. XVIII é que se começou a dar atenção aos saltos a cavalo, e esta disciplina equestre evoluiu a muito custo.

Regras

Estas provas têm o objectivo de demonstrar algumas qualidades do cavalo, como: força, potência, obediência, velocidade, respeito pelo obstáculo. O cavaleiro é avaliado pela sua equitação.
O vencedor da prova é o concorrente que tiver menos penalizações (pontos) e fizer o percurso mais rápido, ou então o que somar mais pontos, conforme o tipo de prova.
Existem vários tipos de provas dentro dos saltos de obstáculos, como:
As provas sem cronómetro, em que o tempo é gasto a cumprir o percurso e não tem influência na classificação da prova.
Com cronómetro, em que a velocidade é determinante para o resultado das provas.
As provas com barrage, em que os conjuntos que no primeiro percurso tiveram os mesmos pontos, desempatam, num percurso reduzido, com base nas penalizações e no tempo.
As provas de potência, um máximo de quatro barrages, onde a altura dos obstáculos é sucessivamente aumentada.

Tabela de Faltas

Derrube - 4 pontos
1ª desobediência - 4 pontos
2ª Desobediência - eliminação
Queda do cavalo ou cavaleiro - eliminação
Erro no percurso - eliminação
Tempo excedido numa prova cronometrada - 1 ponto por segundo
é eliminado o cavaleiro que não tiver adequadamente uniformizado (capacete, culote branco ou bege, bota preta , camisa com gola branca, e casaca(nem sempre é obrigatória))
Refugo do cavalo perante o obstáculo - 4 pontos

Geral>De Cavalos

A origem do cavalo

O cavalo tem sido a milhares de anos um dos animais de maior utilidade para o homem. Em tempos passados proporcionava o mais rápido e seguro meio de transporte em terra. Caçadores a cavalo perseguiam animais a fim de matá-los para alimentar-se de sua carne, ou por esporte. Nas batalhas, os soldados lançavam-se à luta montados em fortes cavalos de guerra. Em muitos países os cavalos serviam de montaria para penetração no interior, tração das diligências, ou no serviço de correios.
Cavalo
Hoje o cavalo não tem a mesma importância de antigamente. Na maioria dos países, o "cavalo de ferro" (as ferrovias) e a "carruagem sem cavalos" (automóveis) substituíram quase inteiramente o cavalo. Mas este animal ainda é usado tanto para esporte como no trabalho. Crianças e adultos montam a cavalo por prazer ou exercícios. Grandes multidões vibram ao assistir corridas de cavalo nos hipódromos (pistas especiais para este tipo de corridas ). Cavalos são apresentados em circos, rodeios e outras exibições. Ajudam os vaqueiros a reunir os grandes rebanhos de gado, e puxam arados e outros equipamentos agrícolas.
Cavalo
O cavalo é bem conformado para o trabalho e a corrida. Por exemplo, as narinas grandes facilitam-lhes a respiração. Os cavalos tem um apurado sentido de olfato, ouvido sensível e uma boa visão (sentido dos eqüinos). Tem dentes fortes, mais só comem cereais e plantas, jamais carne. As pernas compridas e musculosas dão-lhes força para puxar grandes cargas ou para correr em alta velocidade. Os cavalos também usam as pernas como principal arma. O coice de um cavalo pode ferir gravemente um homem ou outro animal.
Estrutura muscular do cavalo
Estrutura muscular do cavalo
Estrutura óssea do cavalo
Estrutura óssea do cavalo
Os cientistas acreditam que o mais antigo antepassado do cavalo era um pequeno animal com 25 a 50cm de altura. Dão a esse animal o nome científico Eohippus - em português, eoípo. O eoípo viveu a cerca de 55 milhões de anos na parte do mundo que é hoje a Europa e a América do Norte. Esses cavalos pré-históricos tinham o dorso arqueado (curvo) e o nariz em forma de focinho. Pareciam mais cães de corrida, do que o moderno cavalo de dorso reto e cara comprida. Tinham 4 dedos nos pés dianteiros, e três dedos no pé traseiro. Cada dedo terminava com um pequeno casco separado. Grandes almofadas resistentes, evitavam que os dedos tocassem o chão. Eram essas almofadas que sustentavam o peso do animal.
O mais importante antepassado do cavalo, a seguir, foi o Mesohippus - ou em português mesóipo. Ele viveu a cerca de 35 milhões de anos atrás. O mesóipo tinha em média 50cm de altura, e suas pernas eram cumpridas e finas. Cada pé tinha três dedos, sendo que o do meio era o mais longo. A cerca de 30 milhões de anos o mesóipo deu lugar ao Miohippus - em português miópio . Este tinha cerca de 60 a 70cm de altura, e seu dedo médio era mais cumprido e mais forte do que o de seus antepassados.
Dedos laterais(casco lateral)CavalosDedos laterais
(casco lateral ausente)
Ossos do pé *
Animais parecidos com o cavalo continuaram a se desenvolver, e há cerca de 26 milhões de anos o Merychippus se desenvolveu, tinha cerca de 1m de altura. Como o miópio ele tinha três dedo, entretanto os laterais eram quase inúteis. Terminava em um casco curvo que sustentava o peso inteiro do animal.
Há cerca de 1 milhão de anos, os cavalos tinham provavelmente a mesma aparência do cavalo moderno sendo que eram maiores do que seus antepassados. Os dedos laterais se transformaram em ossos laterais das patas e deixaram com que o casco central, grande e robusto, sustentassem o peso do animal. Os dentes também mudaram, passaram a ser mais aptos a comer capim. Os cientistas agrupam esses cavalos junto com seus antepassados em um gênero chamado Equus.
Não se sabe onde se originaram os cavalos, mais fósseis indicam que na era glacial eles viviam em todos os continentes, exceto na Austrália. Grandes manadas vagavam pela América do Norte e Sul. Posteriormente, por uma razão desconhecida, eles desapareceram do hemisfério ocidental.

Estágios do sono

Como você se sente depois de uma noite ruim e de dormir pouco? Péssimo, não é? O seu cavalo também precisa ter uma boa noite de sono e pode acordar de mau-humor!
Portanto, não o perturbe! Ainda mais por possuírem diferentes níveis de relaxamento durante o sono, e podem até sonhar.
O seu cavalo só dormirá tranqüilo se tudo estiver seguro, portanto, o fator mais importante é a segurança. Pois seu instinto de defesa requer que esteja sempre pronto para fugir quando surpreendido.
Observa-se que cavalos domésticos, acostumados a dormir protegidos em baias, quando soltos em pastos, lugares abertos e grandes, eles tornam-se agitados e dormem pouco até se acostumar com a rotina do local e ter certeza que está seguro para dormir profundamente. Mas quando é solto um grupo de cavalos, as coisas ficam mais fáceis, mas ainda há um período de adaptação. Enquanto um grupo dorme, um dos membros fica de sentinela.
Saiba que os cavalos podem dormir em pé, e até possuem ligamentos especiais nos membros posteriores, que os permite sustentar-se enquanto dormem. Sabendo as posições dos cavalos, você pode saber em que estágio está o sono e em que estágio está o relaxamento do animal, pois se refletem na posição em que dormem. Portanto quando se encontra o cavalo em pé podemos dizer que está cochilando, e permanece fazendo alguns movimentos com o pescoço, vibrações na pele, abanando o rabo e alternando o membro posterior que se encontra em repouso.

De acordo com o estágio de sono, o animal recebe diferentes estímulos cerebrais. Um estágio bem interessante é o do sono médio pois, durante o estágio as ondas cerebrais atuam como se o animal ainda estivesse acordado e seus olhos parecem piscar mesmo estando fechados. Neste período do sono o corpo descansa enquanto o cérebro continua em atividade.

Detectando o sono

Sono Profundo

No sono profundo o animal deita-se totalmente sobre um dos lados do seu corpo, mantendo inclusive um dos lados da cabeça e do pescoço encostados no chão, numa postura de completo relaxamento.

Sono Médio

No sono médio o cavalo deita-se sobre a coxa e a paleta do mesmo lado, flexionando os membros colocando as patas quase debaixo do corpo e a cabeça pode estar erguida ou com focinho apoiado no solo. O período desse sono é importantíssimo para o descanso e a tranqüilidade do seu animal. O estágio que o corpo repousa enquanto o cérebro continua em atividade.

Sono Superficial

O sono superficial é quando o cavalo se encontra numa dormência muito leve. Ocorre com maior freqüência com os cavalos adultos, que passam grande parte do seu sono em pé, por possuírem os ligamentos especiais.
Entre esses três estágios de sono, o cavalo gasta em média 6 a 8 horas por dia. Não se sabe exatamente a duração de cada estágio de relaxamento, mas pode-se dizer que, em devidas condições de conforto, o período de sono médio tem uma duração de 2 horas no total, somadas em 4 ou 5 pequenas sessões. Mas, enquanto o cavalo descansa o cérebro continua trabalhando. Uma das regiões do cérebro que continua em atividade é o córtex. O animal só relaxa completamente durante o sono profundo, quando se deita sobre um dos lados do seu corpo. È importante lembrar que para que os cavalos tenham boas horas de sono e um pouco de sossego para o descanso precisam ter seu próprio espaço, limpo, organizado e confortável, isso faz parte do ciclo vital.

Súplica do cavalo ao seu dono

A ti, dono meu, elevo está súplica:
Dai-me regularmente , de comer e beber.
Terminado meu trabalho, proporciona-me abrigo confortável para que eu descanse e recupere as energias.
Examina continuamente, meus pés e escova meu pelo.
Se eu recusar alimento examina minha boca; pode ser uma úlcera que me empeça de comer ou meus dentes me doam.
Fala-me calmamente. Tua voz incentiva, não o chicote ou o bridão. Acaricia-me, de quando em quando; pagar-te-ei todo o carinho, aprendendo e servindo-lhe melhor, pagando, em suma, amor com amor.
Não cortes minha cauda, pois com ela espantos insetos que costumam atormentar-me.
Não puxe violentamente as rédeas, nem me apliques fortes relhadas, ao eu ter dificuldade em subir ladeiras sob carga pesada.
Não me maltrates com os calcanhares, nem me batas, quando não entender seus desejos; faz com que compreendas teu pensamento.
Dou-te sempre tudo que puder. Se acaso, me recusar a obedecer, verifica se não estou mal ensilhado ou se meu freio não me perturba, ou ainda se algo molesta meus pés, causando-me dor.
Se eu assustar não me castigues; verifica, se minha vista apresenta algum defeito.
Não me obrigues a carregar ou arrastar um peso superior as minha forças, nem a trotar velozmente em estradas ou pisos escorregadios.
Se eu cair ajude-me a levantar; se eu tropeçar não me culpes por isso.
Não acrecentes ao meu medo diante de suas fortes chibatadas.
Defende-me dos causticantes raios solares, se fizer frio, cobre-me, quando eu estiver repousando.
Quando a velhice tornar-me inválido, lembra-te dos serviços que te prestei; não me vendas, nem me deixes morrer a mingua; sacrifica-me, então, sem padecimentos, tu mesmo, ser-te-ei grato por isso!
Rogo-te tudo isto em nome daquele que quis nascer em um estábulo.
Pelagem tordilha clara
Pelagem tordilha clara
Pelagem tordilha
Pelagem tordilha
Castanho médio
Castanho médio
Castanho escuro
Castanho escuro
Palomino
Palomino
Alazão
Alazão
Pelagem preta
Pelagem preta
Ruão
Ruão
Malhado
Malhado
Malhado
Malhado
Baio
Baio
Pelagem pintada
Pelagem pintada
Orelhas
Orelhas para trás indicam raiva ou medo
Orelhas
Orelhas para frente indicam interesse pelo que ocorre no ambiente
Orelhas
Uma orelha para trás e outra para a frente indicam certa incerteza
Os cavalos tem os sentidos da visão, audição e olfato mais desenvolvidos do que o homem. A face longa característica do cavalo não é necessária apenas para conter seus grandes dentes: ela também abriga os sensíveis órgãos do olfato. Os olhos ficam mais para o alto do crânio, nos lados da cabeça, propiciando aos cavalos boa visão periférica, mesmo quando pastam. As orelhas são grandes, capazes de se movimentar e apontar em direção ao mais leve ruído. Por natureza, o cavalo vive em rebanhos e demonstra grande afetividade em relação aos outros membros do grupo, sendo esta lealdade facilmente transferida ao seu dono. Uma vez desenvolvida a ligação afetiva , o cavalo se esforça muito para executar ordens, por mais difíceis que sejam. Por isso esses animais tem sido vítimas de abusos cruéis, mas também são muito amados, talvez mais que qualquer outro animal na história da humanidade. Apesar de sua forte associação com seres humanos, o cavalo ainda conserva seus instintos naturais de comportamento. Defendem seus espaço e amamentam os filhotes, e precisam sempre de companhia.
Cavalo
Rolar no solo como este pônei é parte importante do toalete dos cavalos. Relaxa os músculos e ajuda a remover os pelos soltos, a sujeira e os parasitas.
Cavalo
Ao repuxar os lábios como este garanhão, após cheirar a urina de uma égua, ele está procurando saber se ela está no cio, ou seja pronta para acasalar.
Cavalo
Muitas vezes dois cavalos permanecem com seus corpos encostados uma ao outro, da cabeça à cauda, afocinhando amigavelmente as crinas e o dorso. Dependendo da estação, essas sessões de limpeza são mais ou menos freqüentes, e não duram mais que três minutos.

Passo

Cavalo
Todos os cavalos, independentemente da raça, andam a passo, mesmo que ainda não tenham sido domesticados. Por isso se diz que está é a andadura natural. No passo, o cavalo movimenta um membro de cada vez, mantendo pelo menos dois deles apoiados no chão.

Trote

Cavalo
No trote, o cavalo movimenta duas pernas de cada vez, sempre na diagonal, havendo, em alguns casos, um momento de suspensão.

Galope

Cavalo
O galope, diferentemente do passo e do trote, é uma andadura de três tempos, ou seja, enquanto dois membros se movimentam juntos, os outros dois podem se mover separadamente.

Recorde de Salto em Altura

Altura
O Record Mundial em altura (vide foto), vem se mantendo até hoje desde 5 de fevereiro de 1949. Na foto vemos o Cap. Alberto Larraguibel Morales, chileno, que conseguiu a incrível marca de 2,47 m, montando HUASO (ex-Faithfull).

Recorde de Salto em Largura

Largura
Consta que o Record Mundial EM LARGURA, foi obtido por André Ferreira, quando saltou 8,40 m em 1975.

Baio de Cleveland

É uma das raças que possui a cabeça convexa, ou acarneirada, tendo pelagem uniformemente castanha, embora com eventuais tufos brancos nas extremidades dos membros.
A cabeça é grande, o corpo é poderoso, com ampla cavidade toráxica e quartos traseiros potentes e cauda de implante alto. Os membros são um tanto curtos mas boa ossatura.
Trata-se do cavalo que mais se poderia considerar o eqüino autóctone da Inglaterra . Deve descender de estirpes primordiais, tendo sofrido periódicas cruzas por parte de animais trazidos por invasores, como os nórdicos dos saxões ou os Andaluzes dos normandos.
Nos últimos 100 anos sofreu, ainda, alguma infusão de Puro - Sangue Inglês, o que, contudo, não afetou o seu temperamento, continuando a ser um animal paciente e até pachorrento, sem o gênio irrequieto do PSI.
O Baio de Cleveland é usado pelas diversas nações, ou tribos, britânicas desde tempos imemoriais. Já foi conhecido pela denominação de Chapman, e era o animal ideal, nos vilarejos ingleses, tanto para puxar suas carroças, quanto para ser utilizado montando.
Nos séculos 17 e 18 a sua presença era generalizada na Inglaterra, e muitos nobres que se dedicaram à formação do PSI, o fizeram cruzando garanhões Árabes com matrizes de Cleveland, sobretudo em York-Shire
Função: atualmente, é uma raça muito utilizada para puxar carruagens reais, servir de montaria oficial da rainha Elizabeth II, ou para as caçadas à raposa.
Altura: de 1,52 a 1,61m
Pelagem: Baio é tradução de em inglês, significando o nosso castanho.

Árabe>Origem

HISTÓRIA DO CAVALO ÁRABE NO MUNDO

por Lenita Perroy
A origem do cavalo árabe, depois de muitas pesquisas e de divergências históricas, continua sem uma prova definitiva: teria sido uma espécie selvagem que assumiu com o tempo sua forma, originária de cruzamentos entre outras? Teria o homem interferido nessa formação? A questão permanece envolta em mistério. Na verdade a primeira imagem aparece num baixo relevo egípcio do século 16 antes de Cristo.
A Cavalo Árabe de hoje tem uma cabeça pequena e côncava , pescoço arqueado, linha de garupa horizontal e cauda levantada de inserção alta. Estas características foram mantidas até hoje, através de 36 séculos. Quem poderá realmente dizer quantos outros se passaram até que estas características tivessem sido adquiridas e fixadas.
Não existe dúvida de que é a raça mais antiga do mundo, e a nenhuma outra se pode comparar em conformação, equilíbrio e beleza. Mas não foi por essas qualidades que durante 3500 anos o cavalo árabe foi tão apreciado: foi por sua extraordinária capacidade como cavalo de guerra. Pela velocidade, resistência, agilidade e inteligência.
O poderio dos impérios e de seus exércitos foi cada vez mais baseado na cavalaria. E pouco a pouco, a cavalaria ligeira ultrapassava em muito a pesada, com armaduras e armas de maneio lento. Os guerrilheiros montados em "cavalos que voavam nos pés" tornavam-se famosos e muito temidos.
Em 700 a.C. havia uma procura generalizada deste tipo de cavalo. Guerras eram iniciadas com o único fim de obtê-los em maior número possível. As lutas se sucediam entre assírios, persas, povos das estepes, em torno do mar Vermelho, até o Egito. Em selos, jóias, relevos e pinturas, encontramos a mesma imagem do cavalo árabe característico através dos séculos.
A lenda conta que Maomé, depois de uma longa caminhada, mandou que soltassem os animais para tomar água. Antes que eles chegassem ao lago, ele os chamou de volta, e apenas cinco éguas pararam, e em vez de matar a sede voltaram atendendo ao chamado do profeta. Ele abençoou estas cinco éguas, e delas se formaram as cinco linhagens famosas.
Porém, todas as referências citam apenas Kehilan Ajuz,que se confunde com o termo "puro". Portanto, todas as linhagens formaram-se a partir de Kehilan Ajuz. Somente em 1800 temos como definitivo a existência das várias linhagens: Kehilan, Seglawi, Maneghi, Abeyan, Dahman. Porém para os beduínos "são todos Kehilan".
Apesar de haver descrições, com características diversas, destas linhagens, notamos com surpresa que elas são continuamente cruzadas entre si, tornando difícil seu reconhecimento. Mais tarde, as tribos de beduínos criaram sublinhagens, isolando pela distância suas tropas.

Grandes studs

A paixão pelo cavalo levou faraós, reis, imperadores e uma série de homens poderosos a colecionar o que havia de melhor. Preços fabulosos, resgates de príncipes, e mesmo cidades inteiras foram trocados por esplendidos animais, quando não eram arrancados a preço de sangue.
Depois do esplendor dos faraós, temos notícia dos grandes studs nos séculos 13 e 14, como Baybards, o sultão que mandava colocar sedas preciosas no chão para que seus cavalos desfilassem. O sultão Nacer Ibn Kalaoun (1300 d.C.) pagava fortunas pelos animais, trazidos de todos os cantos do seu reino como sendo os mais perfeitos: uma potranca, filha da égua El Karta, foi paga com cem mil dracmas em ouro, mais uma parte em terras na Síria (Este valor em dracmas daria hoje mais de 5,6 milhões de dólares). Quando o sultão Barkuq faleceu (século14) haviam sete mil éguas em suas cocheiras. Depois o Egito foi subjugado por invasores e os grandes studs voltam a aparecer com Mohammed Ali, em 1805. Até então, as tribos nômades, permanentemente em guerra, mantêm suas éguas como parte da família, alimentando-as com tâmaras e leite de camelo, e dormindo em sua tenda. Por esta razão os animais dóceis foram preservados. O beduíno tem o cavalo como parte de sua vida e sobrevivência. E assim o cavalo árabe vai sendo preservado através das idades, passada a tradição de pais a filhos, como o fogo conservado com tanto sacrifício entre os homens primitivos. Em 1815 Mohammed Ali, um dos chefes turcos que então dominavam o Egito, mandou um exército chefiado por Ibrahim Pasha, seu filho , contra o poder crescente dos wahabis, em Nejd. Depois de bem-sucedida essa invasão, Ibrahim Pasha voltou para o Egito trazendo consigo duzentas esplêndidas éguas e os garanhões capturados em Ryad e outras cidades do Nejd. Estes magníficos animais representavam o sangue mais puro das tribos do deserto e foram aumentar a glória dos estábulos reais de Mohammed Ali. Uma segunda expedição, mais organizada, também comandada por Ibrahim Pasha, penetrou novamente na Arábia capturando Touryf, e com isto, o stud inteiro de Saoud, o rei wahabi. Estes animais deram a Ibrahim Pasha a possibilidade de estabelecer seu próprio stud. Assim o Egito possuía novamente dois grandes criatórios, com o material melhor e mais refinado da Arábia. Os viajantes no Egito que tiveram o privilégio de visitar os studs de Mohammed Ali e Ibrahim Pasha eram unânimes em constatar a beleza espetacular dos animais ali reunidos. Porém, as condições em que estes animais eram mantidos deixavam os visitantes indignados. Estábulos pouco ventilados e sujos, com poucos homens para cuidar; na maioria garotos, que além de não os soltarem nem cuidarem da limpeza, ainda roubavam a comida destinada aos animais. Muitos morreram e pouco a pouco a qualidade foi decaindo. Alguns foram enviados como presentes a príncipes estrangeiros, mas o destino cuidou para que tudo não fosse perdido.
Cavalo árabe

Abbas Pasha

O neto de Mohammed Ali, quando criança, tinha assistido à procissão triunfal do exército de Ibrahim Pasha entrando no Cairo com a fina flor das éguas do deserto, e em seu peito nasceu uma paixão que durou toda sua vida por estes maravilhosos animais. Desde então, tentou reunir, e conseguiu, um grande número de éguas e cavalos de várias proveniências, animais estes que despertavam aquela grande admiração que ele sentira em criança. Durante o declínio dos studs de seu tio e seu avô, comprou tudo o que foi possível. Em 1836, com 23 anos, Abbas Pasha tornou-se vice-rei do Egito. Abbas Pasha mandou construir um magnífico palácio no deserto Dar al Bayda, entre Cairo e Suez, com todo o cuidado para o bem estar de seus cavalos. Dizem os que o visitaram que em seus melhores tempos o stud compreendia mil animais, das mais nobres e refinadas origens. Abbas Pasha morava neste palácio, e assim podia passar o dia entre os jardins, alegrando seus olhos perante a visão de seus esplêndidos animais. A importância do stud de Abbas Pasha é a maior, na história do cavalo árabe. A pureza racial, o refinamento, a beleza e a perfeição dos espécimes por ele reunidos é reconhecida por todos. Sua exigência quanto ao pedigree, que naquela época não costumava ser escrito, obrigou um studo de genealogias para garantir a pureza racial da qual ele fazia questão absoluta. Foi feito o primeiro Stud Book: Abbas Pasha.Tudo parecia indicar que o futuro seria brilhante.
Mais uma vez o destino mudou o rumo e em 1854 Abbas Pasha foi assassinado. Este vice-rei de Egito foi um dos maiores conhecedores da raça árabe. A dedicação de sua vida inteira e o cuidado com que seus animais foram escolhidos; seus manuscritos, tornando possível o conhecimento de todas as linhas de sangue - que eram transmitidas oralmente entre os membros das tribos - , tudo foi anotado por um escriba de confiança, acompanhado por alto dignitário de sua majestade. Portanto, pode-se considerar, sem dúvida alguma, que os únicos cavalos de pureza inquestionável foram os de Abbas Pasha. Enquanto os relatos de visitantes em outros studs historicamente famosos descrevem a velocidade e as vitórias em corrida, os que puderam ver os cavalos de Abbas Pasha descrevem apenas a extraordinária beleza e majestade destes animais. El Hami Pasha herdou o reino de seu pai e o stud, mas não tendo o talento necessário, não pôde manter este estabelecimento e morreu três anos depois. Para pagar suas dívidas, o tesouro inestimável da coleção fantástica de seu pai foi a leilão. Reis e príncipes europeus enviaram representantes, ou vieram pessoalmente, assim como vários nobres, ansiosos para enriquecer seus estabelecimentos com os melhores espécimes do mundo. Preços incríveis foram atingidos, e mais ou menos duzentos animais foram para vários países: Itália, Alemanha, França, Polônia, Hungria. O grande interesse em torno das corridas tornava necessário o cruzamento repetido com sangue árabe do deserto, e cada país seguia uma orientação diferente. Porém, a influência destes animais, utilizados desta maneira, foi se diluindo e nada foi conservado em termos puros. Felizmente, um jovem de família nobre do Cairo, admirador e profundo conhecedor do stud de Abbas Pasha, arrematou as mais valiosas linhas de sangue no leilão. Ali Pasha Cheriff, um dos mais ricos proprietários de terras do Egito, entusiasmado com os melhores garanhões e as mais belas éguas que comprara, estabeleceu sua própria criação, agora governador da Síria. Durante os anos subseqüentes, Ali Pasha Cheriff devotou sua fortuna pessoal e todo o seu conhecimento ao estabelecimento. Seu maior prazer era manter as suas éguas tratadas como princesas orientais em harém: elas desfilavam, maravilhosas, banhadas, penteadas e enfeitadas com cabrestos preciosos, somente para seus olhos. Porém, quando o Pasha envelheceu , seus filhos conspiraram contra ele e achando que sua fortuna fabulosa estava sendo desperdiçada, decidiram vender o stud. Ali Pasha Cheriff, algumas semanas depois, com o coração despedaçado ao ver seus animais irem a leilão, não resistiu e morreu, terminando assim, para sempre, a magnificência dos grandes studs do Oriente Médio.

O CAVALO DO BEDUÍNO

Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam de sua adaptação ao deserto. São, com certeza, aspectos de sua conformação primitiva que foram privilegiados, selecionados e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso foi realizado com tal maestria através de conceitos e ensinamentos passados de geração para geração durante milênios, que nenhum hipólogo ou compêndio sobre eqüinos se recusa ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro Sangue Árabe é o mais perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela.
Cavalo árabe

Os olhos

Os olhos do cavalo árabe são típicos de muitas espécimes de animais do deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por prover o animal de uma excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus predadores.

Narinas

As narinas do cavalo Árabe que se dilatam quando ele corre ou está excitado, proporcionam uma grande captação de ar. Normalmente as narinas se encontram semi-cerradas reduzindo a poeira proveniente da respiração nos climas mais secos como no deserto.

Maxilares

O tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas no cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem de sua desenvolvida traquéia - provavelmente esse é um outro fator de adaptação para aumentar a captação de ar.

Carregamento de cabeça

O carregamento natural de cabeça do cavalo Árabe é muito mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao galope. O alto carregamento da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior número de células vermelhas que as outras raças, o que pode indicar que o cavalo Árabe usa o oxigênio mais eficientemente.

Pele

A pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é visível devido à delicadeza ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra queimaduras. A fina pele do cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais rapidamente.
Cavalo árabe

Irrigação Sanguínea

As veias que se tornam visíveis por saltarem à flor da pele quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em contato com o ar, resfriam rapidamente a circulação sanguínea, proporcionando maior conforto em longas jornadas.

Crina

Os pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo a cabeça e o pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa também protege os olhos do reflexo e da poeira.

Focinho

O pequeno e cônico focinho também deve ser creditado de sua herança do deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido o focinho para o admirado tamanho e formato de hoje. Os finos e ágeis lábios provavelmente são resultados dos ralos pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas esporadicamente comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de pequenas porções de ralas gramas e ervas.

Estrutura Óssea

É fato que muitos cavalo Árabes possuem apenas cinco vértebras lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa vértebra a menos explica o pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos que possuem cinco vértebras, muitos possuem o padrão de seis vértebras. Até hoje não é sabido qual número mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há evidência de que o Árabe que possui cinco seja mais puro ou mais desejável do que o que possui seis.

Carregamento da Cauda

O alto e natural carregamento da cauda é resultado da singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira vértebra da cauda, que se liga à parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças que se inclina para baixo.

A cabeça

A distinta beleza do cavalo Árabe é uma das principais marcas do tipo da raça. O clássico perfil é marcado por duas características: jibbah e afnas, muito admiradas pelos beduínos.

Jibbah

É a protuberância acima dos olhos. Nem todos os cavalo Árabes maduros possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal proporcionando maior capacidade respiratória.

Afnas

O afnas é a chamada "cabeça chanfrada". O chanfro é a depressão no osso frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ele apresenta uma curva côncava no perfil da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza, nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil.
Mas uma cabeça é considerada boa e típica quando possui:
  • olhos grandes, salientes, bem separados e situados logo abaixo da testa
  • testa larga
  • narinas grandes e flexíveis
  • cabeça descarnada e seca
  • a expressão geral é alerta, inteligente e vivaz
Os chamados "olhos humanos" ou "branco nos olhos" no qual é visível a esclerótica branca em torno da íris é um ponto polêmico na criação do cavalo Árabe. Margaret Greeley em seu livro "Arabian Exudus" cita Wilfrid Blunt afirmado que o branco nos olhos não era um sinal de mau temperamento, pelo contrário, era uma característica desejada pelos beduínos. Muitos juízes e criadores modernos, no entando, desgostam e penalizam os cavalos que possuem essa característica a despeito do fato dela aparecer em certas antigas e valiosas linhagens.
Cavalo Árabe
1Orelha 26Boleto
2Topete 27Quartela
3Têmpora 28Coroa
4Olho 29Casco
5Chanfro 30Cernelha
6Narina 31Dorso
7Focinho 32Lombo ou rins
8Lábios 33Anca
9Queixo 34Vértebras da cauda
10Lábio inferior 35Garupa
11Madíbula 36Costelas
12Ganacha 37Flanco
13Testa 38Cilhadouro
14Nuca 39Barriga
15Crina 40Coxa
16Pescoço 41Nádega
17Garganta 42Ponto de nádega
18Laringe 43Soldra
19Ponto de paleta 44Perna
20Peito 45Jarrete
21Paleta 46Tendão extensor
22Braço 47Tendão
23Antebraço 48Castanha
24Joelho 49Cotovelo
25Canela 50Cauda

Para que serve o Cavalo Árabe

3000 Anos de Seleção
As modernas raças de cavalos que conhecemos são frutos de seleção recente, cada qual tentando se especializar em uma das áreas do esporte, trabalho ou lazer.
Cavalo Árabe
O Puro Sangue Árabe é o único cavalo que reúne em suas características a possibilidade de realizar bem todas essas funções.

Por que ?

A vida das tribos dos beduínos, há milhares de anos no interior do deserto da Arábia, é a chave para entender essa qualidade do Cavalo Árabe.

Rusticidade e Resistência

Povos nômades e guerreiros, os beduínos procuravam por um animal que os ajudasse em sua luta contra a inclemência do deserto e lhes conferisse poder nas batalhas.
Foram necessários mais de 3 milênios de seleção para se chegar ao cavalo de guerra do deserto: Cavalo Árabe, capaz de resistir a prolongados períodos de trabalho intenso com o mínimo de cuidado e alimentação. Essas qualidades persistem em seu fenótipo e são reconhecidas até hoje, através de competições de longo percurso nos EUA e na Europa. No Brasil, onde essas provas começam a ser realizadas, o Puro Sangue Árabe se destaca sempre nas primeiras colocações. No trabalho da fazenda, os criadores se surpreendem com a produtividade diária do Árabe, capaz de pronta recuperação após um dia inteiro de atividade.

Versatilidade e Coragem

No lombo de um Cavalo Árabe o beduíno era capaz de qualquer proeza. Foi por esta razão que os muçulmanos invadiram Portugal e Espanha no século VIII e as cavalarias das Cruzadas foram dominadas em Jerusalém na Idade Média.
O cavalo já não tem a mesma importância nas batalhas, mas do tórrido deserto, o beduíno legou às gerações futuras um cavalo ágil, veloz, que não conhece barreiras nem perigos.
Em nossos dias, o Cavalo Árabe entusiasma multidões nas corridas dos hipódromos do Egito, Polônia, EUA e Rússia. Encanta o público americano nas difíceis provas de montaria. Auxilia o peão australiano na lida do gado, emociona os brasileiros nas provas de Concurso Completo de Equitação, Hipismo Rural, Clássico, Horse Cross, Copa Rédeas, Laço,Turfe, Vaquejada e tantas outras. O Cavalo Árabe se adapta com facilidade em qualquer terreno, qualquer clima e qualquer tipo de trabalho.
Cavalo Árabe

Inteligência e Docilidade

O beduíno mantinha o cavalo em sua tenda como se fosse um membro da família.
Para isso era necessário que o animal tivesse inteligência para respeitar seu senhor e espírito para enfrentar qualquer exigência. Essa é uma das virtudes mais admiradas no Cavalo Árabe, a capacidade de aprender e respeitar sem ser subserviente. A inteligência e dedicação ao homem, sempre foi uma característica que os Árabes procuraram selecionar em seus cavalos. Hoje, tanto como montaria para crianças, instrumento de trabalho em fazenda ou pela habilidade numa pista de prova qualquer, o Cavalo Árabe se mostra imbatível no sentido de aprender com facilidade e obedecer seu dono.

Beleza e Elegância

A beleza em um cavalo não é apenas um requisito estético, ela deve obrigatoriamente estar associada à função do animal. A harmonia e proporção que fazem o Cavalo Árabe tão admirado, são requisitos fundamentais na conformação de um cavalo com capacidade para atender as mais diversas funções. Além disso, o "tipo Árabe" alcançou seu apogeu biológico há dois mil anos e a partir de então, o que os nossos criadores fazem é preservar a pureza e a força desse sangue, fonte de qualidades generosamente doadas a praticamente todas as raças modernas que conhecemos hoje.

Prepotência Genética

Os três mil anos de seleção e aprimoramento do Cavalo Árabe proporcionaram-lhe um poder genético incomparável. A partir da Idade Média, garanhões Árabes foram exportados para quase todas as partes do mundo, dando origem a outras raças e regenerando plantéis inteiros de cavalos.
Assim nasceram o Puro Sangue Inglês, o Orloff, o cavalo de Sela Francês, o Alter, o Trackener, Hanoveriano, o Quarto de Milha, só para citar os mais conhecidos. Até hoje o sangue Árabe ainda é utilizado para melhorar raças, transferindo refinamento, resistência, inteligência e tantas outras qualidades.
Uma das funções mais importantes do reprodutor Árabe no Brasil é a regeneração de cavalos de trabalho e esportes através da mestiçagem. Criações do Interior de São Paulo, Minas, Goiás e Mato Grosso do Sul, têm conseguido verdadeiros milagres ao colocarem o sangue Árabe em suas eguadas.

LENDAS DO CAVALO ÁRABE

Percorria ALAH o mundo logo após a criação quando ao passar sobre o deserto ouviu os gritos e o choro do beduíno.

Ao perguntar-lhe por que assim chorava, respondeu-lhe o árabe:

Vide as riquezas que todos os outros povos ganharam e para mim só tocou areias.
Percebendo ALAH que não havia sido equânime na distribuição das benesses da terra, disse-lhe:
- Pois não chores mais, vou compensar-te dando um presente que não dei a povo algum .
E tomando com a mão direita o vento sul que passava, falou:
- Plasma-te, ó vento sul !Vou fazer de ti uma nova criatura.
Serás o meu presente, e o símbolo de meu amor a meu povo.
Para que sejas único e que nunca te confundam com bestas, terás:
O olhar da águia , a coragem do leão e a velocidade da pantera.
Do elefante dou-te a memória, do tigre a força,da gazela a elegância.
Teus cascos terão a dureza do sílex e teu pêlo a maciez da plumagem da pomba.
Irás saltar mais do que o gamo, e terás do lobo o faro.Serão teus à noite os olhos do leopardo, e te orientarás como o falcão , que sempre volta á sua origem.
Serás incansável como o camelo , e terás do cão o amor ao seu dono.
E finalmente,Hissam (o cavalo ),como um presente meu ao te fazer cavalo e fazer-te Árabe,dou-te para todo o sempre e para que sejas único :

A beleza da Rainha e a majestade do Rei.

ALAH disse ao Vento Sul: "Transforma-te em carne sólida, pois de ti farei uma nova criatura, para a honra do Meu Sagrado Senhor e a desonra dos Meus inimigos, e para ser um criado daqueles que estão sujeitos a Mim". E o vento Sul respondeu: "Senhor, assim se faça por Vós". Então Alá tomou um punhado do Vento Sul e o assoprou, criando o cavalo e dizendo: "Teu nome será Árabe, e a virtude estará no pêlo de teu topete e a pilhagem estará em teu dorso. Tenho preferido a ti entre as bestas de carga, pois fiz de teu patrão teu amigo. Dei-te o poder de voar sem as asas, Lenda seja numa investida violenta como numa retirada. Colocarei homens em teu dorso, cuja honra e louvor sejam a Mim dirigidos e que cantem Aleluia em Meu nome".

O CAVALO ÁRABE NO BRASIL

Embora oficialmente a criação brasileira do Cavalo Árabe tenha começado no Rio Grande do Sul em 1929, com o registro do garanhão Rasul, importado da Argentina por Guilherme Echenique Filho, existem informações seguras de que muitos cavalos Árabes chegaram ao país bem antes disso. Oswaldo Gudole Aranha, emérito criador e presidente da ABCCA entre os anos 1975 a 1977, em seu artigo no primeiro volume do Registro Genealógico do Cavalo Árabe (Stud Book) lembra que Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil no dorso de um Cavalo Árabe e a belíssima obra do pintor que está exposta hoje no museu do Ipiranga na cidade de São Paulo é uma prova concreta desse fato.

Oswaldo Aranha cita ainda registros de importações de cavalos Árabes em 1826, 1837, 1859, 1885 e destacando como sendo uma das mais importantes a realizada em 1894 pelo famoso estadista Assis Brasil que trouxe Amir, Maalek e Mazir, três importantes reprodutores nascidos no próprio deserto e que impressionaram muito as autoridades na época. Depois disso importações da raça realizadas pela Remonta Militar do Exército, pelo Departamento Animal do Ministério da Agricultura e até mesmo por fazendeiros passaram a ser constantes, mas o interesse dos importadores era o de usar o Cavalo Árabe apenas como regenerador do plantel local. O grande mérito da criação regular do Cavalo Árabe no Brasil se deve ao gaúcho Guilherme Echenique Filho que importou da Argentina o garanhão Rasul e sete éguas puras, registrou-os todos num livro de registros aberto a todas as raças bovinas e eqüinas no Rio Grande do Sul e deu início à criação do Haras Er Rasul, uma homenagem a seu primeiro garanhão.

O primeiro Puro Sangue Árabe brasileiro nasceu em 15 de Outubro de 1929. Era uma fêmea, registrada com o número 8 no livro de Registro e o brasileiríssimo nome Airé, filha de Risfan e que veio no útero de Racbdar, uma das sete éguas importadas por Echenique.
Durante os dez primeiros anos de vida da criação de Cavalos Árabes devidamente registrada no Brasil, apenas as Coudelarias Nacionais de Saycan e de Rincão, além da família Echenique, todos sediados no Rio Grande do Sul, registraram 160 animais. Em 1941 o Departamento animal do Ministério de Agricultura, sediado em São Carlos-SP realizou uma grande importação de Cavalos Árabes. Chegaram da França quatro garanhões e 13 éguas dando início a uma das mais importantes criações brasileiras da época. Em 1955, haviam apenas 620 cavalos Árabes puros registrados, por apenas 4 criações quando o Ministério da Agricultura, através de seu departamento de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, deu início a sua criação a partir de cavalos levados de São Carlos. Até à década de 60 os principais criadores brasileiros continuavam sendo o Ministério da Agricultura, o governo do Rio Grande do Sul e família Echenique que registraram juntos mais de 98% dos cavalos da época. Fora isso três criadores do Rio Grande Sul influenciados por Echenique e quatro criadores de São Paulo levados pelo departamento Animal de São Carlos registram animais. Praticamente toda a produção era dirigida para a utilização nos Regimentos de Cavalaria do Exército e para a regeneração de tropas de fazendeiros através de postos de monta.
A criação do Cavalo Árabe no Brasil começou realmente a mudar quando em 1964, Dr. Aloysio de Andrade Faria importou três garanhões e seis éguas dos Estados Unidos, fundou a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe e reuniu os registros do Rio Grande do Sul e de São Carlos no Stud Book Brasileiro do Cavalo Árabe.

Com a criação brasileira organizada e começando a realizar encontros e exposições, leilões e importações bastaram apenas dez anos para que o número de cavalos atingisse o mesmo número que demorou 35 anos para serem registrados. Essa nova fase da criação brasileira foi até o início da década de 90, foi marcada pelas grandes importações e pela difusão da raça em todo o território Nacional. Chegaram ao Brasil Campeões Nacionais Americanos e Canadenses, reprodutoras de campeões e o Cavalo Árabe passou a ser criado em treze estados brasileiros.
Hoje, 83 anos após o primeiro registro de um Cavalo Árabe no Brasil, a criação brasileira exporta cavalos Árabes para países da América do Sul, América do Norte, Europa, Oriente Médio e Austrália e é reconhecida como uma das mais importantes criações do mundo. Tem cerca de 35 mil cavalos puros registrados, 3241 haras inscritos no Stud Book e é uma das mais destacadas raças no país.

Cavalo Árabe

Origem

É uma das mais puras e antigas raças de cavalos do mundo e que praticamente entrou na formação de quase todas as raças modernas. Selecionada no deserto da Península Arábica, entre o mar Vermelho e o Golfo Pérsico, por onde vagavam algumas tribos nômades; a quem se deve a pureza sanguínea na seleção do cavalo árabe e a importância dada às éguas mães - Koheilan, Seglawi, Ibeion, Handani e Habdan, as cinco éguas que serviram de matrizes para as cinco principais linhagens que compõe a raça Árabe até os nossos dias.

Características

Cavalo com altura média de 1.50m, podendo atualmente chegar até 1.58m, possue cabeça de forma triangular com perfil concavo, orelhas pequenas, olhos grandes arredondados e muito salientes, narinas dilatadas, ganachos arredondados, boca pequena, pescoço alto e curvilíneo em sua linha superior, peito amplo, tórax amplo, dorso e lombo médios, garupa horizontal e saída de cauda alta que permanece elevada durante o movimento.
Seu trote e galope são rasteiros, amplos e cadenciados, com muito garbo, tendo temperamento muito vivo e grande resistência. As pelagens básicas são alazã, castanha, tordilha e preta.

Aptidões

Pelas suas características são aptos aos esportes hípicos de salto e adestramento em categorias intermediárias, hipismo rural, enduro e trabalhos agro-pecuários.